segunda-feira, 18 de julho de 2011

CONTINUANDO O ASSUNTO...



Seguindo a minha linha de raciocínio sobre valores e também sobre a inversão dos mesmos, quero refletir com vocês e gostaria muito que vocês leitores se posicionassem a respeito, pois tenho minha forma de pensar e não sou dona da verdade. Meu aprendizado e experiência de vida contribuem para me fazer crer em algumas das hipóteses  que citarei abaixo.
Tomei uma decisão de NÃO  buscar na rede textos que reportam aos temas aqui citados com o receio de cair em erro de privacidade, portanto procurarei na maioria das vezes escrever meus próprios textos, como estou fazendo agora.
Durante os meus 26 anos de exercício clinico na psicologia deparei-me com muitos conflitos trazidos pelos pacientes e a maioria deles  tinham sua origem sabem  onde? Na família e principalmente nos relacionamentos familiares.
Isto também se confirma na escola. A maioria dos meus alunos apresentam dificuldades de aprendizado e muitas são devidos a conflitos emocionais. Observo que a maioria vem de famílias que estão desestruturadas. Contarei a vocês um fato que me chamou atenção ao entrar pela primeira vez em uma das salas de aula onde trabalho.
A sala era por demais agitada, barulhenta mesmo, os palavrões eram as palavras mais dóceis que se ouvia, brigas constantes entre os alunos e o bullying era o que mais se destacava. Fiquei muito surpresa e questionei-me, qual o motivo? Porque não era meia dúzia de alunos, era a sala toda. Comecei então uma investigação. Pedi a eles que escrevessem uma redação falando de suas vidas e depois a lessem em voz alta. Fiquei surpresa ao me deparar com a estatística da sala. 90% dos alunos vinham de famílias onde os pais estavam separados e contaram também das brigas e das péssimas condições financeiras (a escola situa-se num bairro de classe media baixa). Muitos ao fazerem seus relatos choraram. Percebi que nesta sala teria que ter uma postura didática diferenciada.
Relatei este fato para explicar como uma família desestruturada, onde não há limites, carinho, amor, compreensão e perspectiva de uma vida melhor, pode ocasionar profundos traumas na vida de uma criança em formação. Sei que na maioria dos lares os pais estão dando o seu melhor, mas este melhor eles mesmos não estão conseguindo enxergar.
Na maioria das vezes as pessoas acham que uma forma miserável de vida é o que lhes esta destinado, mas elas podem mudarem suas historias de vida.
Em alguns casos é urgente a ajuda de um profissional.
Este é um dos pontos de vistas que levam à inversão de valores.
Ouro aspecto que acredito que influencia para vivermos numa sociedade onde impera a violência domestica é a falta de uma crença espiritual. A fé move montanhas como diz o ditado popular, aliás muito sábio.
O aspecto socioeconômico é outro fator preponderante.
Portanto a meu ver cabe aos educadores esta tarefa de alertar para algo que pode ser mudado.
 Eduque as crianças e terás uma sociedade digna. A tarefa de educar, passar valores, preparar para a vida compete em primeira instancia à família.
Pais acompanhem seus filhos em todos os momentos importantes de suas vidas.
"Não é possível dizer-te sempre coisas novas, nem te é necessário ouvi-las. O que importa é que sejas sempre novo, que te desprendas cada dia do homem-velho, e que cada dia tornes a nascer, a crescer e a progredir." (Santo Agostinho)  
      Se quiser colher em curto prazo, plante cereais; a longo prazo, plante árvores frutíferas; mas se quiser colher para sempre... Eduque uma criança

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