RELACIONAMENTO - AMOR E PAIXÂO

Hoje darei inicio a um novo tema.

E este é mais um  que não se esgota numa única postagem, talvez sejam necessárias outras e assim o farei.

Ah!!! Como são difíceis os relacionamentos!!

Seja entre pais e filhos, entre amigos, entre familiares, entre namorados...

Vou começar refletindo sobre o relacionamento amoroso e tentando fazer uma diferença entre estar apaixonado e estar amando.

Vocês podem achar que não existe diferença nenhuma, mas há.

Quando se está apaixonado você sente falta do outro de tal forma que acha que não suportará sua ausência. Ao avistar a o objeto de sua paixão alguns sintomas se alertam como: o coração dispara, dá um frio na barriga, a voz fica tremula entre outros.

Você deixa sua própria vida para viver a do outro (se anula individualmente) não vê nada alem desta paixão. Não aceita que ninguém fale mal, o ciúme, muitas vezes ocorre com mais freqüência.

Quando a pessoa se apaixona, acontecem reações químicas em seu cérebro – uma super-produção de dopa-mina, fenil-etila-mina e oci-tocina – que funcionam como uma droga natural. O apaixonado também tem uma sensação de euforia, devido à liberação de adrenalina

Para a psicanálise quando alguém se apaixona se relaciona com uma projeção criada por ele mesmo de algo absolutamente perfeito, porem depois de certo convívio percebe que não é tão perfeito assim.

A paixão foge da razão é como se as pessoas apaixonadas tivessem ingerido um poção mágica, quando acaba o efeito desta poção a paixão acaba.

Recomendo a leitura dos livros:

HE - A Chave do Entendimento da Psicologia Masculina - Robert A. Johnson

O mito de Parsifal e o 'Cálice sagrado', são usados como ponto de partida para abordar questões do universo masculino, tais como - o que significa ser homem, quais os grandes marcos que levam o homem a maturidade, e quais são os componentes femininos da personalidade do homem.

 SHE – A chave do entendimento da psicologia feminina - Robert A. Johnson

Em 'She' o autor analisa como funciona a psique da mulher, suas descobertas, seus medos, sua necessidade de amadurecimento para a vida e para o relacionamento, e a questão de feminilidade, aonde quer que ela se encontre, seja no homem, seja na mulher.

   We - A Chave da Psicologia do Amor Romântico - Robert A. Johnson

Neste livro, Robert A. Johnson inspira-se na história de Tristão e Isolda para analisar a jornada heróica que homens e mulheres enfrentam no relacionamento: como conhecer-se em um nível mais profundo e como retirar as projeções do parceiro para poder viver um amor profundo e verdadeiro.

ACREDITO que após a leitura destes livros muitos entenderão o porquê da dificuldade dos relacionamentos.

    O que caracteriza a paixão é a intensidade, o imediatismo (proximidade também), a falta de limites, o apego e, inclusive, um entusiasmo e admiração exagerados em relação a pessoa querida. Quando estamos apaixonados criamos muita expectativa em torno do relacionamento e da pessoa de modo que acreditamos não existir obstáculos para a felicidade. Tudo isso porque a paixão é cega, é um sentimento infantil porque pode ser comparada a relação mãe-bebê. Para o bebê há apenas ele e a mãe, e este comportamento eu-você (e para que existe o resto???) é muito comum nos apaixonados.

 O amor é algo tranqüilo, sereno e ao mesmo tempo forte e sólido. Algo que não depende do humor nem do desejo e não está sujeito a chuvas e trovoadas. Sobrevive a rotina, a convivência, as crises financeiras, aos problemas materiais, físicos, familiares, de trabalho. Enfim, amar também é admirar, conviver, conhecer, partilhar, participar, dividir e aceitar ... O amor independe da distância, não sucumbe as crises e não acaba.

No contexto contemporâneo, as novas tecnologias invadiram todos os lares e a mída nos dita muitas vezes o que comer, o que vestir e até mesmo como nos relacionarmos.

Vejo que as pessoas atualmente cultivam o habito do ter e não do ser tornando-se muitas vezes alienadas ao frenético consumismo e isto repercute também nos relacionamentos, pois quantos casamentos são desfeitos na maioria das vezes porque hoje em dia as pessoas entram em um relacionamento com a convicçao de que se não der certo, separa-se.

Vivem muito mais a paixão e não querem ter “trabalho” para conviver com o amor, vivem o efêmero e não a sua plenitude.

Vivem apenas a procura insaciável do prazer e quando este acaba começa-se uma nova busca. Cabe aqui resaltar a total falta de compromotimento que existe no que hoje é chamado de “ficar”, pois ese estado não implica em companheirismo e responsabilidade com o outro.

Vou parar aqui, mas como falei no inicio este assunto não se encerra nesta simples postagem.

Se tiverem dúvidas entrem  em contato, se discordam, vamos refletir juntos!

CONTINUANDO O ASSUNTO...

Seguindo a minha linha de raciocínio sobre valores e também sobre a inversão dos mesmos, quero refletir com vocês e gostaria muito que vocês leitores se posicionassem a respeito, pois tenho minha forma de pensar e não sou dona da verdade. Meu aprendizado e experiência de vida contribuem para me fazer crer em algumas das hipóteses  que citarei abaixo.

Tomei uma decisão de NÃO  buscar na rede textos que reportam aos temas aqui citados com o receio de cair em erro de privacidade, portanto procurarei na maioria das vezes escrever meus próprios textos, como estou fazendo agora.

Durante os meus 26 anos de exercício clinico na psicologia deparei-me com muitos conflitos trazidos pelos pacientes e a maioria deles  tinham sua origem sabem  onde? Na família e principalmente nos relacionamentos familiares.

Isto também se confirma na escola. A maioria dos meus alunos apresentam dificuldades de aprendizado e muitas são devidos a conflitos emocionais. Observo que a maioria vem de famílias que estão desestruturadas. Contarei a vocês um fato que me chamou atenção ao entrar pela primeira vez em uma das salas de aula onde trabalho.

A sala era por demais agitada, barulhenta mesmo, os palavrões eram as palavras mais dóceis que se ouvia, brigas constantes entre os alunos e o bullying era o que mais se destacava. Fiquei muito surpresa e questionei-me, qual o motivo? Porque não era meia dúzia de alunos, era a sala toda. Comecei então uma investigação. Pedi a eles que escrevessem uma redação falando de suas vidas e depois a lessem em voz alta. Fiquei surpresa ao me deparar com a estatística da sala. 90% dos alunos vinham de famílias onde os pais estavam separados e contaram também das brigas e das péssimas condições financeiras (a escola situa-se num bairro de classe media baixa). Muitos ao fazerem seus relatos choraram. Percebi que nesta sala teria que ter uma postura didática diferenciada.

Relatei este fato para explicar como uma família desestruturada, onde não há limites, carinho, amor, compreensão e perspectiva de uma vida melhor, pode ocasionar profundos traumas na vida de uma criança em formação. Sei que na maioria dos lares os pais estão dando o seu melhor, mas este melhor eles mesmos não estão conseguindo enxergar.

Na maioria das vezes as pessoas acham que uma forma miserável de vida é o que lhes esta destinado, mas elas podem mudarem suas historias de vida.

Em alguns casos é urgente a ajuda de um profissional.

Este é um dos pontos de vistas que levam à inversão de valores.

Ouro aspecto que acredito que influencia para vivermos numa sociedade onde impera a violência domestica é a falta de uma crença espiritual. A fé move montanhas como diz o ditado popular, aliás muito sábio.

O aspecto socioeconômico é outro fator preponderante.

Portanto a meu ver cabe aos educadores esta tarefa de alertar para algo que pode ser mudado.

 Eduque as crianças e terás uma sociedade digna. A tarefa de educar, passar valores, preparar para a vida compete em primeira instancia à família.

Pais acompanhem seus filhos em todos os momentos importantes de suas vidas.

"Não é possível dizer-te sempre coisas novas, nem te é necessário ouvi-las. O que importa é que sejas sempre novo, que te desprendas cada dia do homem-velho, e que cada dia tornes a nascer, a crescer e a progredir." (Santo Agostinho)  

      Se quiser colher em curto prazo, plante cereais; a longo prazo, plante árvores frutíferas; mas se quiser colher para sempre... Eduque uma criança